O Gabinete Português de Leitura promoveu, na noite da quinta-feira (16.3), a celebração pela passagem dos 160 anos de existência, completados no último 2 de março. Mais cedo, à tarde, em assembleia geral de sócios realizada no prédio do Gabinete Português de Leitura, na Praça da Piedade, foi eleita a nova diretoria. O professor e músico Daniel Bento e o jornalista e pesquisador Flávio Novaes são os novos presidente e vice-presidente, respectivamente.
Uma palestra do professor Rafael Dantas com a iconografia sobre a evolução da área próxima ao Gabinete, desde o Brasil-Colônia, dominou a atenção dos convidados. Em seguida, uma jam session com músicos convidados animou a noite.
Além de sócios e integrantes da comunidade portuguesa na Bahia, compareceram o cônsul-geral de Portugal em Salvador, Jorge Fonseca; a chanceler responsável pelo Consulado da Espanha em Salvador, Fátima González; a professora Alvanita Santos, diretora da Faculdade de Letras da UFBA, representando o reitor Paulo Miguez; o advogado Rodrigo Moraes, presidente da Comissão de Propriedade Intelectual da OAB-BA, representando a presidente da OAB-BA, Daniela Borges; a produtora cultural Piti Canella, diretora-geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), e o empresário e ex-secretário de turismo, Fausto Franco.
Homenagens – Mais antigo sócio do Gabinete, o lisboeta José Nunes da Silva, de 93 anos, desde 1957 de forma definitiva em Salvador, ganhou uma homenagem especial. Recebeu das mãos do diretor de Patrimônio do Gabinete, Abel Travassos, uma placa comemorativa pela sua atuação junto à comunidade portuguesa e pelos trabalhos constantes para o engrandecimento do Gabinete Português de Leitura.
Outro momento de grande emoção foi a homenagem póstuma a Hélder Sérgio Costa Gutierres, falecido em 2021, com a aposição do quadro no Salão Nobre do Gabinete. Ex-presidente do Gabinete entre 1975 e 1988, o administrador era natural de Benavente, distrito de Santarém. Participaram da solenidade a viúva Regina Gutierres e as duas filhas.
O Gabinete Português de Leitura comemora, neste 2 de março, 160 anos de existência. A data será comemorada no dia 16 do mesmo mês, quando a assembleia de sócios irá se reunir para escolher o novo presidente da instituição. Em seguida, uma palestra do professor Rafael Dantas e uma apresentação musical de jam session, no prédio da Praça da Piedade, em evento para convidados, marcam a efeméride.
Durante o evento, o sócio José Nunes da Silva, de 93 anos, será homenageado pela diretoria. Natural de Lisboa, é o mais velho sócio do Gabinete. José chegou a Salvador em 27 de abril de 1957, quando era comandante de máquinas do Navio Vera Cruz, embarcação que fazia transporte de mercadorias e passageiros, muitos deles vindo em definitivo para o Brasil.
“Faremos uma bela festa, com a presença dos associados e dos amigos da cultura portuguesa na Bahia”, afirma o presidente do GPL, Rodrigo Leitão.
Historiador pela Universidade Federal da Bahia, o palestrante Rafael Dantas concentra as pesquisas na área de cultura material e iconografia com ênfase na divulgação de Salvador durante os séculos XIX e primeiras décadas do século XX.
História – Fundado em 1863 pelos irmãos portugueses Manoel Joaquim Rodrigues e Francisco José Rodrigues Pedreira, o Gabinete Português de Leitura é a instituição cultural mais antiga em atividade no estado. O acervo da biblioteca Infante D. Henrique possui aproximadamente 25 mil volumes.
A importância do Gabinete para a cidade é imensa e pretendemos dar continuidade a essa história”, diz o diretor de Cultura, Flávio Novaes.
Próximo de comemorar 160 anos, no dia 2 de março, o Gabinete Português de Leitura recebeu a visita do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo. Acompanhado do embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro, e do cônsul-geral de Portugal em Salvador, Jorge Fonseca, o secretário visitou a Biblioteca Infante Dom Henrique e o Salão Nobre.
Ao final, acompanhou uma exposição sobre as atividades promovidas pelo Gabinete nos últimos anos e os projetos já apresentados às instituições financiadores de atividades relacionadas à cultura. Também estiveram presentes o secretário da Embaixada em Brasília, Pedro Teles Ferreira, o diretor-Geral para Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, Luis Almeida Ferraz, e a chefe de Gabinete do secretário de Estado, Cristina Matos.
Todos foram recebidos pelo presidente Rodrigo Leitão, pelo vice-presidente Daniel Bento, pelo diretor de Patrimônio Abel Travassos e pelo diretor de Cultura, Flávio Novaes. O secretário mostrou-se impressionado com o detalhamento arquitetônico do prédio e, ao final, deixou registrado no Livro de Honra a seguinte mensagem: “Com uma alegria imensa de quem entra num “pedacinho” de Portugal, numa história comum que nos torna tão especiais e únicos. Aqui fazemos Portugal e aqui respeitamos a herança que nos foi legada, perpetuando no futuro o amor à Cultura”.
Antigo presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo assumiu a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas em março do ano passado, em substituição a Berta Nunes.
O Gabinete Português de Leitura recebe, de 20 de abril a 20 de maio, a exposição (DES)Alma, do pintor português Carlos Mota. Sob a curadoria de Abel Travassos, a mostra traz imagens que nos fazem refletir sobre o período de distanciamento físico, nossas falhas, diferenças e fraquezas. A iniciativa é do Consulado Geral de Portugal em Salvador, em parceria com o Instituto Camões e o Gabinete Português de Leitura.
São 12 obras de grande dimensão nas quais o artista utiliza pigmentos naturais da região de Ouro Preto, em Minas Gerais, com matizes de azul, verde-água e tons de ocre e gris sobre tela. Todas remetem a introspecção. “São as delicadezas humanas, muitas vezes imperceptíveis, que se conformam por meio de figuras esguias e desproporcionadas e que se apresentam como possível espelho para elucubrações íntimas”, diz Rogério Carvalho, curador da exposição realizada em Brasília, no ano passado.
Carlos Mota nasceu em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, pertencente à Região Autônoma dos Açores, em Portugal. Estudou em Bruxelas, onde se formou em Arquitetura de Interiores no Centre des Arts Décoratifs e Pintura na École des Artes D’Ixelles.
Desde 1993 realiza exposições individuais e coletivas, e já levou sua arte em mostras na Itália, Bélgica, Alemanha, Holanda, Dinamarca, México, Canadá, EUA e Brasil.
As obras integram coleções de diversos países, com destaque para a Embaixada de Portugal em Bruxelas e os consulados de Portugal em Boston, nos Estados Unidos, e em Toronto, no Canadá, além de integrar o acervo na Presidência da República, em Brasília. É o primeiro estrangeiro com uma obra exposta na área pública do Palácio do Planalto.
A diretoria do Gabinete Português de Leitura participou, na tarde de ontem (26.5), da inauguração oficial do Consulado Geral de Portugal em Salvador. O espaço funciona agora no nono andar do Centro Empresarial Vitraux, na Avenida Garibaldi.
A solenidade, aberta pelo cônsul-geral de Portugal na Bahia, Jorge Fonseca, contou as presenças do secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e do embaixador de Portugal no Brasil, Luis Faro Ramos, além de convidados da comunidade portuguesa na Bahia. Todos os protocolos de prevenção à Covid-19 foram obedecidos.
Representaram o Gabinete Português de Leitura da Bahia o presidente, Rodrigo Leitão; o vice-presidente, Daniel Bento; o diretor de Patrimônio, Abel Travassos; e o diretor de Cultura, Flávio Novaes.
O novo consulado traz mais comodidade para a prestação de serviços. O número de guichês foi ampliado de três para cinco, distribuídos em um grande salão, com o objetivo de atender a grande demanda, sempre em crescimento nos últimos anos, principalmente para pedidos de vistos de estudos e de nacionalidade.
Na imagem, da esquerda para a direita: secretário Eurico Dias, embaixador Luís Faro e o cônsul Jorge Fonseca.
O quinto número do Gabinete em Pauta, publicação produzida pelo Gabinete Português de Leitura, traz, como destaque, um balanço da gestão do arquiteto Abel Travassos, ex-presidente do Gabinete, e as atividades realizadas em meio à pandemia
Baianos e visitantes terão oportunidade de conhecer, através de uma visita virtual no formato 360º (http://www.bahiaview360.com.br/gplsalvador/), uma das instituições culturais mais importantes do Estado – o Gabinete Português de Leitura. Fundado em 2 de março de 1863, e com sede localizada na Praça da Piedade, o edifício neo-manuelino possui uma beleza arquitetônica que resgata grande parte da tradição lusitana na era dos descobrimentos.
Durante o passeio, o público vai ter a oportunidade de contemplar, além da fachada monumental, instalações como a Biblioteca Infante D. Henrique, composta por obras de diversas áreas do conhecimento, principalmente sobre História, Geografia e Literatura de Portugal e países de língua portuguesa, o Auditório Professor Agostinho da Silva, Salão Nobre (com rico acervo de pinturas), um Vitral (Peça manufaturada em 1921, em Paris, doado por um anônimo, na qual se reproduz o quadro do pintor Victor Meirelles, que retrata a celebração da primeira missa no Brasil, em Santa Cruz de Cabrália, no ano de 1500), e o Salão de Exposições (que acolhe a mostra “Réplica de barcos que acessaram a Baía de Todos-os-Santos”, construídos à mão pelo engenheiro naval José Nunes da Silva.
A programação do projeto ainda apresenta cursos de Gramática e Redação, Língua Iorubá e Metodologia da Pesquisa, restauração e higienização de obras raras, além de lançamentos de livros, encontros virtuais com escritores e pesquisadores brasileiros e portugueses, e exposições ligadas às relações culturais luso-brasileiras. A programação completa pode ser acessada no site www.gplsalvador.org e nas redes sociais do GPL.
O projeto recebe apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
O Gabinete Português de Leitura está com inscrições abertas para o curso de Gramática e Redação, no formato on-line (via plataforma zoom). A iniciativa integra as ações do projeto “Gabinete Português de Leitura – a cultura portuguesa viva na Bahia” (Programa Aldir Blanc Bahia/via Lei Aldir Blanc/Secult-BA/Ministério do Turismo, Governo Federal).
As aulas, que serão ministradas pela professora Alessandra Nascimento, terão início dia 16 de março e se estendem até 15 de abril, sempre às terças e quintas, das 14h30 às 16h30, com carga horária de 20 horas (e direito a certificação).
A proposta é revisar as regras de redação oficial e de concordâncias nominal e verbal, a fim de sanar as dúvidas existentes sobre o uso adequado da língua portuguesa no momento. No curso ainda será abordado em Gramática, questões como: fonologia, morfologia, sintaxe, figuras, de linguagem, tópicos de linguagem, significação das palavras. No tocante à Redação, serão trabalhados o planejamento textual, redação em textos narrativos, dissertativos, descritivos, jornalísticos, a linguagem, dentre outros.
Além da presença virtual nas aulas será solicitada aos participantes a apresentação escrita de um texto em formato redacional como atividade final avaliativa com tema a ser apresentado no decorrer das aulas.
Alessandra Nascimento é bacharel em comunicação social e tem licenciatura em formação pedagógica, mestrado em Relações Comerciais Internacionais e especialista pós-graduada em Metodologia do Ensino de História e Cultura; Tutoria em Educação à Distância e Docência do Ensino Superior e Gestão de Projetos. Tem experiência em sala de aula por ministrar cursos profissionalizantes e experiência fora do país como professora de língua portuguesa quando morou na Argentina (2014 a 2016). Na época ensinava empresários e profissionais liberais. A professora também trabalha com cursos EAD tendo reconhecida experiência na geração de conteúdos, prestando serviços como profissional conteudista para grupos nacionais como DTCOM; Uniasselvi; Abracomex; Sagah; Delinea; dentre outras.
Saiba Mais:
De acordo com dados do Inaf (Indicador de Alfabetismo Funcional), realizado pelo Instituto Paulo Montenegro em parceria com a ONG Ação Educativa, de 2016, apenas 22% dos brasileiros que chegam à universidade são plenamente alfabetizados. Uma pesquisa conduzida pela Universidade Católica de Brasília, em que mais de 50% dos cerca de 800 universitários avaliados sofrem com o analfabetismo funcional, ou seja, não conseguem compreender o que leem.
Tais estatísticas chamam atenção para os desafios que estudantes têm na compreensão da língua portuguesa. A constatação desse fato reverbera em toda a vida universitária e pós universitária de uma geração de brasileiros que encontram dificuldades com a própria língua.
Confira o conteúdo programático:
Unidade 1
1.1 História da língua portuguesa
1.2 Encontros vocálicos, consonantais e dígrafos
1.3 Divisão silábica
1.4 Significação das palavras
1.5 Acentuação
1.6 Fonética
1.7 Ortografia
1.8 Treino Ortográfico
Unidade 2
2.1 Gênero dos substantivos
2.2 Número dos substantivos
2.3 Substantivos coletivos
2.4 Adjetivos
2.5 Pronomes
2.6 Plural das palavras compostas
2.7 Plural dos substantivos compostos
2.8 Plural dos adjetivos compostos
Unidade 3
3.1 Palavra
3.1.2 Introdução ao verbo
3.1.3 Verbos regulares
3.1.4 Particularidades dos verbos
3.1.5 Verbos defeituosos
3.1.6 Verbos abundantes
3.1.7 Verbos auxiliares
3.1.8 Verbos anômalos
3.2 Preposição
3.3 Advérbios
3.4 Palavras denotativas
Unidade 4
4.1 Prefixos
4.2 Sufixos
4.3 Radicais
4.4 Processo de formação das palavras
4.5 Elementos estruturais
4.6 Particularidades da língua
4.7 Crase
Unidade 5
5.1 Termos essenciais da oração
5.2 Predicação verbal e termos integrantes da oração
5.3 Termos acessórios da oração
5.4 Vocativo
5.5 Período simples e período composto
5.6 Esquema para análise de períodos
5.7 Período composto por coordenação
5.8 Período composto por subordinação
5.8.1 Orações subordinadas adjetivas
5.8.2 Orações subordinadas adverbiais
5.8.3 Orações subordinadas substantivas
5.9 Orações reduzidas
Unidade 6
6.1 Pontuação
6.2 Colocação dos pronomes átonos
6.3 Regência verbal
6.4 Regência nominal
6.5 Concordância nominal
6.6 Concordância especial
6.7 Concordância verbal
6.8 Vozes do verbo
6.9 Funções do “que”
6.10 Funções do “se”
6.11 Figuras de linguagem
Unidade 7
7.1 O que é uma redação;
7.2 Estudo de texto;
7.3 A estrutura da argumentação;
7.4 Conhecendo tipologia e gêneros textuais;
7.5 Analisando textos;
7.6 Leitura e intertextualidade;
7.7 Expressões de estilo e as principais mudanças ortográficas;
7.8 Redigindo um texto e criando um texto;
7.9 Tipologia textual;
7.10 Temas para redações – Redação de Textos Livres (Cartas, poesia) e Redação de textos formais. (Solicitação de emprego, Entrevistas, Agradecimentos e Queixas;
7.11 Orientações básicas sobre o ato de escrever Ambiguidade Emprego dos Pronomes de Tratamento.
7.12 Concordância com os Pronomes de Tratamento;
7.13 Texto e hipertexto – A escrita na web;
7.14 Exercícios de fixação do conteúdo apresentado
Bibliografia:
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Conecte: gramática reflexiva. 2. ed. – Coleção Projeto Conecte. São Paulo: Saraiva, 2013.
ABREU, Antônio Suárez. Gramática Integral da Língua Portuguesa: Uma Visão Prática e Funcional. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2018.
BECHARA, Evanildo. Bechara para concursos: ENEM, vestibular e todo tipo de prova de Língua Portuguesa. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019.
BECHARA, Evanildo, Moderna gramática portuguesa. – 37. ed. rev., ampl. E atual. conforme o novo Acordo Ortográfico. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa – Novo Acordo Ortográfico – 48ª Ed. 2009. Companhia Editora Nacional.
O projeto “Gabinete Português de Leitura – a cultura portuguesa viva na Bahia” vai promover, entre os meses de fevereiro e novembro deste ano, diversas atividades culturais entre palestras, cursos, seminários, exposições, além de um tour virtual 360º (com instalações e dados sobre o acervo da instituição). Dentre as principais ações que integram a proposta estão a restauração e a higienização de obras raras pertencentes à Biblioteca Infante D. Henrique.
Todo o processo será apresentado em um documentário, que abordará o legado histórico cultural das obras e sua importância histórica para a Bahia, Brasil e Portugal. Segundo o presidente do Gabinete Português de Leitura, Abel Travassos, a iniciativa é mais uma ação para preservar o acervo e a história da instituição. “São mais de 150 anos movimentando a cultura da cidade, sempre unindo baianos e portugueses”, destaca.
Coordenada pela jornalista e pedagoga Alessandra Nascimento, a iniciativa tem vasto cronograma de ações. A partir de fevereiro serão oferecidos cursos de Redação e Gramática, Metodologia da Pesquisa Científica, Lições de Língua Iorubá-Nagô para Iniciantes e dois importantes seminários: um em homenagem ao padre Bartholomeu Lourenço de Gusmão, inventor do aeróstato (balão de ar quente) e outro comemorativo a Semana Baía de Todos os Santos (para ampliar os estudos sobre a baía e o seu recôncavo). Também integram a agenda lançamentos de livros, encontros virtuais com escritores e pesquisadores brasileiros e portugueses, e exposições ligadas às relações culturais luso-brasileiras. A programação completa pode ser acessada no site www.gplsalvador.org e nas redes sociais do GPL.
O Gabinete Português de Leitura é uma das instituições culturais mais importantes do Estado. Fundado em 1863, e com sede localizada na Praça da Piedade, o edifício neo-manuelino possui uma beleza arquitetônica que resgata grande parte da tradição lusitana na era dos descobrimentos. Tem por finalidade a promoção da cultura de expressão portuguesa nas suas mais variadas formas. Atualmente abriga, no Centro de Estudos Portugueses – Casa Fernando Pessoa, o maior número de obras raras de reconhecida utilidade, escritas no idioma português, com obras também em francês, inglês, espanhol, italiano e alemão. Além de ser uma instituição filantrópica, é pioneira no Estado na criação do Escritório de Investigação e Memória dos Transportes na Baía de Todos os Santos.
O projeto recebe apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Quis a Santa Coincidência, que a data comemorativa do nascimento de Rui Barbosa caísse como uma luva na necessidade de fecharmos a Semana da BTS, mormente porque passou a ser oficialmente o Dia da Cultura, no Brasil. Há um discurso que procura separar a cultura da ciência, mas a História é cultura e é ciência do mesmo modo, não podemos (devemos) tratar da Baía de Todos os Santos sem essa visão de duplo sentido – dupla direção e duplo senso – assim encarando o seu universo sobretudo geográfico-histórico com a perspectiva espaço-temporal, sem a qual não há Cultura e evidentemente, não há Ciência.
CULTURA E CIÊNCIA NA BTS
Podemos começar com uma pergunta: quão pobre/quão rica é a paisagem cultural ou científica nos municípios sob a influência da Baía de Todos os Santos e seus rios afluentes? Poderíamos enumerar um elenco de atividades, desde as artísticas e as desportivas até as científicas e tecnológicas que se encaixam nesse conjunto chamado CULTURA.
Fazer ciência também pode ser uma atividade cultural, na medida em que o cientista, sendo um pesquisador, não sendo profissional, será amador e assim, fará ciência como cultura. Poderíamos passar meses e anos a falar de cientistas amadores, cultivando, por exemplo, a botânica em seu jardim ou a astronomia no telhado da sua casa. Podemos provocar aqui e agora uma dona-de-casa que enfeita o seu living com algumas plantas e perguntar a ela se – além do nome popular do que coloca nos seus vasos com terra ou com água – ela sabe mais alguma coisa sobre esse vegetal. Este é um assunto que poderia virilizar nas redes sociais? No fundo, o que estamos provocando é a necessidade de fazer as coisas culturalmente, isto é, com a consciência do que se faz e que pode enriquecer muito a vida individual e social nestas terras da Baía de Todos os Santos e dos rios que fluem na sua direção.