
Pesquisador tratou sobre a data do descobrimento da Kirimurê pelos europeus, no início do século XVI. Assista ao vídeo gravado na Biblioteca Dom Infante do Gabinete Português de Leitura, clicando aqui.
Pesquisador tratou sobre a data do descobrimento da Kirimurê pelos europeus, no início do século XVI. Assista ao vídeo gravado na Biblioteca Dom Infante do Gabinete Português de Leitura, clicando aqui.
Estiveram em Salvador, dois Técnicos Especialistas em Documentação da Biblioteca Nacional de Portugal, e teve como objetivo maior, avaliar o espólio literário destes Gabinetes de Leitura e Grêmio Literário e, de estudar a possibilidade de digitalizar os seus exemplares mais relevantes e raros.
Apesar da chuva torrencial que ocorreu na madrugada de 11/05/2019, em Salvador, concretizamos o 1º evento das Visitas Guiadas ao Gabinete Português de Leitura da Bahia e a 4 Fortes da Cidade de Salvador.
A importância da revolução dos cravos na evolução portuguesa
O Brasil só começou, verdadeiramente, a despertar a atenção do reino português, após a subida ao trono de D. João III, em 1521. Este rei interessou-se pela exploração do território, apesar de a coroa à época, não dispor de recursos suficientes para promover e financiar a colonização de uma linha de costa tão extensa, quanto a do Brasil.
A melhor solução encontrada pelo monarca, foi a de aplicar ali, o modelo já utilizado nas Ilhas da Madeira, Açores, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, entregando a colonização a privados [capitão-donatário], que deveriam tratar da sua exploração e colonização.
Ao contrário do obtido nas ilhas atlânticas, os resultados nas Capitanias Hereditárias existentes na costa brasileira, foram muito insípidos, tanto do ponto de vista econômico, como do ponto de vista estratégico. Salienta-se que, à época, ocorreu um aumento da pirataria e do corso francês.
A defesa estratégica da navegação ao longo da corrente oceânica que levava as naus para o “Caminho Marítimo para a Índia” também estava em perigo, com o crescente risco do surgimento de colônias francesas na costa brasileira.
Assim, em 1548, El Rei D. João III, passou a considerar o Brasil como um território muito importante para a defesa dos interesses do Reino, ao criar um governo centralizado, dotado de amplos poderes e com a missão de coordenar o esforço de colonização, garantir a defesa da costa, promover o comércio e facilitar o trabalho de evangelização das populações locais.
O dia 22 de abril vê serem comemoradas três efemérides importantes:
– A descoberta do Brasil;
– O Dia da Comunidade Luso-Brasileira;
– Dia Mundial da Terra.
O Dia 22 de abril é conhecido como o Dia do Descobrimento do Brasil, quando a esquadra naval comandada por Pedro Álvares Cabral chegou ao território que mais tarde viria a ser chamado de Brasil.
Primeira Missa, de Cândido Portinari
Pegando no simbolismo da chegada dos primeiros portugueses ao Brasil (22 de abril de 1500), comemora-se nesta data, o dia da Comunidade Luso-Brasileira
A data serve para lembrar e enaltecer a fraternidade entre Portugal e Brasil, através do Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, também conhecido como “Estatuto de Igualdade“, assinado a 22 de abril de 2000.
Brasil e Portugal, devido ao contexto histórico, possuem grandes semelhanças e afinidades culturais. Além do idioma, Brasil e Portugal são “nações irmãs” com diversas semelhanças, como a arquitetura, os traços étnicos, o folclore, a religião, o idioma, etc.
O Dia da Comunidade Luso-Brasileira foi criado a partir de um projeto de lei do Senador Vasconcelos Torres (1920-1982).
Também a 22 de abril, se celebra o Dia Mundial da Terra.
A efeméride foi criada em 1970, pelo senador norte-americano Gaylord Nelson que resolveu realizar um protesto contra a poluição da Terra, depois de verificar as consequências do desastre petrolífero de Santa Barbara, na Califórnia, ocorrido em 1969.
Inspirado pelos protestos dos jovens norte-americanos que contestavam a guerra, Gaylord Nelson, desenvolveu esforços para conseguir colocar o tema da preservação da Terra na agenda política norte-americana.
A população aderiu em força ao protesto e estima-se que mais de 20 milhões de americanos se manifestaram à época, a favor da preservação da terra e do ambiente.
Todos os anos, no dia 22 de abril, milhões de cidadãos em todo o mundo manifestam o seu compromisso na preservação do ambiente e da sustentabilidade da Terra. Neste dia de cariz educativo escrevem-se frases e poemas sobre a importância do planeta Terra nas escolas, entre outras atividades.
Celebrou-se a 12 de março, o 446º aniversário sobre a primeira publicação de Os Lusíadas, de Luís de Camões.
Os Lusíadas – tal como a Eneida (poema épico romano escrito por Virgílio no século I a.C.) – é uma epopeia moderna, em que o maravilhoso não passa dum artifício necessário, mas só literário.
Cada um dos tipos de discurso neste poema evidencia particularidades estilísticas concretas. Dependendo do assunto que tratam, o estilo pode ser heroico e exaltado, empolgante, lamentoso e melancólico, humorístico ou admirador.
A obra, composta de dez cantos, 1.102 estrofes e 8.816 versos, centra-se na descoberta do caminho marítimo para a Índia, à volta da qual se vão descrevendo outros episódios.
A Biblioteca Infante Dom Henrique conta, no seu acervo, com algumas publicações interessantes desta obra, alguns deles, bastante originais.
Da primeira edição, foram publicados 34 exemplares que, ainda hoje, se podem observar em algumas das seguintes instituições:
Academia Brasileira de Letras
Academia das Ciências de Lisboa
Ateneu Comercial do Porto
Biblioteca José Mindlin (Universidade de São Paulo)
Biblioteca Nacional do Brasil, Rio de Janeiro
Biblioteca Nacional de Portugal, Lisboa
Biblioteca Nacional da Espanha, Madrid
Biblioteca Nazionale, Nápoles
Biblioteca Nacional da França
Biblioteca Bodleiana, Universidade de Oxford
Bosch Brazilian Library, Estugarda
Biblioteca Britânica
Casa de Bragança
Universidade Harvard
Lello & Irmãos
Real Gabinete Português de Leitura, Rio de Janeiro
Universidade de Coimbra
Harry Ransom Humanities Research Center, Universidade do Texas em Austin
The Hispanic Society of America, New York
John Carter Brown Library, Universidade Brown, Providence
Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, Açores
Os Lusíadas encontram-se traduzidos em diversos idiomas, tais como:
Os Lusíadas em mirandês
Die Lusiaden (alemão)
Los Lusiadas (castelhano)
Els Lusíades (catalão)
The Lusiad (inglês)
I Lusiadi (italiano)
Lusiadum libri decem (Latim)
Les Lusiades (francês)
Лузиады (russo)
Também é possível encontrar traduções nos seguintes idiomas:
Os Lusíadas (chinês)
Os Lusíadas (concani/konkani)
Die Lusiaden (dinamarquês)
Lusovci (eslovaco)
La Luzidoj (esperanto)
O atual edifício sede do Gabinete Português de Leitura de Salvador, de estilo arquitetônico Neomanuelino (estilo arquitetônico com origens à época do Descobrimento), foi projetado entre 1912 e 1915 pelo arquiteto italiano Alberto Barelli e construído pelo mestre de obras português Pinto Parente.
Foi inaugurado a 3 de fevereiro de 1918.
O edifício apresenta uma fachada com elementos alusivos a glórias intemporais, representadas por um lado, pela figura do Infante D. Henrique, personagem fundamental na investigação cientifica e arranque dos descobrimentos, e por outro, pelo expoente máximo da literatura e língua portuguesa, Luiz de Camões. Compõem também a fachada escudos e brasões que completam o estilo arquitetônico e evidenciam o estilo neomanuelino.
Durante a sua trajetória, o Gabinete recebeu visitantes notáveis da cultura universal portuguesa, incluindo ministros e presidentes de Portugal. A 9 de junho de 1922, os aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral – que estavam a completar a primeira ligação aérea Portugal-Brasil, ou se preferir, Europa-América – foram recebidos, solenemente, deixando escrito no Livro de Honra a passagem pela Instituição e pela primeira cidade do Brasil:
“Nunca poderemos esquecer que passamos no Gabinete Português de Leitura uma das noites mais felizes da nossa vida” 9-VI-22 (Livro de Honra, 1922).
Nesta data foi inaugurada a luz elétrica no GPL e apresentado o vitral produzido em 1921, na cidade de Paris, oferecido por um imigrante português. O vitral retrata a primeira missa celebrada no Brasil, então Terras de Santa Cruz, em 26 de abril de 1500, pelo Frei Henrique de Coimbra, próximo ao local da chegada da Armada de Pedro Álvares Cabral.
Ao se observar a história da Instituição, percebe-se que, assim como seus congêneres nas cidades do Rio de Janeiro e Recife, o Gabinete Português de Leitura de Salvador foi inteiramente concebido, tanto cultural quanto arquitetonicamente, como um lugar de reverência à cultura universal da língua portuguesa, um lugar de memória, sendo o livro utilizado como um dos instrumentos no resgate da memória construída pela língua portuguesa.
Atualmente
Estamos orgulhosos com a escolha de Salvador como Capital da Cultura da Comunidade dos Países da Língua Oficial Portuguesa. A decisão, anunciada em reunião da CPLP realizada no Convento do Carmo, em maio passado, não poderia ser mais adequada.
Vivemos numa cidade com um legado único, reconhecido no mundo. O conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico do centro histórico da cidade, por exemplo, é reconhecido, desde 1985, patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a Unesco.
Hoje, o Gabinete Português de Leitura promove ou ajuda a promover eventos, de âmbito exclusivamente cultural.
Essa promoção abrange essencialmente cursos, oficinas, palestras, debates, exposições amostras, leituras (etc.), na sua sede, ou fora dela, com a finalidade de promover ações culturais, destinados aos seus associados e ao público em geral, contribuindo dessa forma para o fomento do desenvolvimento cultural de Salvador.
Fruto de um processo histórico de dimensão universal, como foi o da expansão portuguesa iniciada no século XV, os testemunhos materiais e imateriais da ocupação e dominação portuguesa em várias regiões do mundo constituem hoje um patrimônio de reconhecido valor histórico e cultural. Estes testemunhos do passado fazem agora parte da história universal, na medida em que ilustram a construção da modernidade e evocam os primórdios da globalização que atualmente permeia as sociedades.
Qal’at Al-Bahrain (Antigo Porto e Capital de Dilmun), Bahrain
Efetivamente, ainda hoje esta influência é evidente em domínios tão plurais como o traçado urbano, os edifícios existentes, a linguagem, os hábitos e costumes e a devoção religiosa.
A Igreja de Santana é um monumento religioso localizado no distrito de Santana em Goa Velha, no estado indiano de Goa.
Embora o primeiro estabelecimento dos portugueses nestes locais estivesse relacionado com opções estratégicas de ocupação territorial, exploração de recursos naturais ou de evangelização, a sua permanência efetiva permitiu não só a aplicação dos conhecimentos adquiridos, mas também a sua adaptação às realidades locais e à assimilação dos hábitos e soluções autóctones.
Arco dos Vice Reis, Goa
É do processo de adaptação às realidades naturais existentes, bem como da permuta cultural entre portugueses e populações locais que resulta a singularidade do patrimônio cultural de origem portuguesa nos continentes africano, americano e asiático.
Torre de Menagem, Arzila, Marrocos
Outras situações existem em que os testemunhos dessa presença são ténues, traduzindo-se em edifícios isolados, adulterados ou arruinados.
Igreja do Carmo, Olinda, Recife
Muitos destes vestígios foram considerados pela UNESCO como possuidores de “valor universal excecional” e, como tal, classificados como Patrimônio Mundial. Em novembro de 2012 a Lista do Patrimônio Mundial contava já com 26 bens de influência portuguesa, distribuídos por 18 países em 4 continentes, existindo muitos outros nas Listas Indicativas de diversos países.
Mapa de Cantino – 1502
Designação do Bem Localização Ano
Missões Jesuítas dos Guaranis Argentina, Brasil 1983
Qal’at Al-Bahrain (Antigo Porto e Capital de Dilmun) Bahrain 2005
Centro Histórico de Ouro Preto Brasil 1980
Centro Histórico de Olinda Brasil 1982
Centro Histórico de São Salvador Brasil 1985
Santuário do Bom Jesus de Congonhas Brasil 1985
Centro Histórico de São Luís Brasil 1997
Centro Histórico de Diamantina Brasil 1999
Centro Histórico de Goiás Brasil 2001
Praça de São Francisco, na cidade de São Cristóvão Brasil 2010
Rio de Janeiro, paisagens cariocas entre as montanhas e o mar Brasil 2012
Cidade Velha, Centro Histórico de Ribeira Grande Cabo Verde 2009
Centro Histórico de Macau China / Região Administrativa Especial de Macau 2005
Fasil Ghebbi, Região de Gondar Etiópia 1979
Forte Jesus, Mombaça Quênia 2011
Ilha Kunta Kinteh e Áreas Relacionadas Gâmbia 2003
Fortes e Castelos de Volta, de Accra, seus Arredores, e Regiões Central e Oeste Gana 1979
Igrejas e Conventos de Goa Índia 1986
Malaca e George Town, Cidades Históricas do Estreito de Malaca Malásia 2008
Cidade Portuguesa de Mazagão Marrocos 2004
Ilha de Moçambique Moçambique 1991
Missões Jesuítas da Santíssima Trindade do Paraná e Jesus de Tavarangue Paraguai 1993
Ilha de Goreia Senegal 1978
Cidade Velha de Galle e suas Fortificações Sri Lanka 1988
Ruínas de Kilwa Kisiwani e de Songo Mnara Tanzânia 1981
Bairro Histórico da Cidade de Colónia do Sacramento Uruguai 1995
Centro Histórico de Ouro Preto